sábado, 14 de março de 2009

Protocolos WGC - 2

Vou procurar postar aqui um resumo do que houve no passado - no Brasil e no mundo - e depois resumir o presente e propor o que gostaria que fosse o futuro.

No mundo, "homens que queriam ser mulheres" e vice versa - foram chamados ainda nos anos 50 e 60 - transexuais por Harry Benjamin.

Depois, nos idos da DSM-II da APA (associação de psiquiatras estadunidenses) - se tentou diferenciar TRANSEXUAIS VERDADEIROS de outros transexuais (que teriam que ser falsos) - não deu certo.

Com a DSM-III se forjou o termo DISFORIA DE GENERO lá fora (gender dysphoria) - e fundou-se a HBIGDA.

O termo é bastante adequado para muitas das manifestações de problemas - mas não abrangente para todos os problemas possíveis.

Com a DSM-IV - presentemente em vigor - se considerou o termo GID (gender identity disorder - em portugues TRANSTORNO DE IDENTIDADE DE GENERO), quando se PATOLOGIZOU todos - mesmo os não patologizáveis. A meu ver foi um retrocesso.

Hoje em dia, se está redefinindo esse universo, em 3 frentes:

Na APA - um comite comandado ainda pelo RETRÓGRADO E PROBLEMÁTICO Ken Zucker - que propõe o futuro da DSM-V. Não se sabe o que vai sair desse baú (ou porão) - mas a oposição ao conceito de GID (de generalização do TRANSTORNO MENTAL) é grande - a patologização desenfreada e generalizada dificilmente sobrevive na APA - mas não se sabe o que vai sair daí - se depender do Zucker certamente sairá O PIOR para os pacientes.

Na WPATH (ex-HBIGDA), sairá este ano a revisão 7 dos PROTOCOLOS (SOC) - e ainda não se sabe como será a versão final e que terminologia usarão. A tendência é centralizar no termo TRANSGENERO como um guarda-chuva - mas há controvérsias - eu por exemplo sou CONTRA.

Na WGC - que congrega uma enormidade de sociedades, inclusive a OII - sou diretora das duas - estamos propondo uma nova nomenclatura e novo embasamento científico - não psicológico - que analisarei depois.

Mas certamente, esse universo está em ebulição e esperemos que vá emergir desse turbilhonamento o novo que avance adiante - e não queira se estabelecer algo ainda mais retrógrado do que temos hoje.

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